E depois do câncer de mama?
A palavra “câncer” é assustadora. Ouvir ela relacionada a você, ao seu corpo, à sua realidade, pode ser ainda mais. As chances de morrer por conta do câncer de mama são cada vez menores, por conta de aparelhos mais modernos, tratamentos cirúrgicos inovadores, medicamentos diferenciados e campanhas como o Outubro Rosa, o que oferecem diagnósticos precoces. Assim, a cura é possível.
Quem passa por esse pesadelo merece todos os abraços carinhosos do mundo! Mas toda mulher que vivencia isso não passa incólume por esta experiência: é traumático, é feroz, é cruel. Então, a pergunta que fica é: e depois do câncer de mama, como ficamos?
O que fica primeiramente visível são os efeitos colaterais do tratamento, como alterações na pele, nas unhas, no cabelo. Isso sem contar quando as cirurgias são mais agressivas, retirando partes ou a mama por completo. Aí entra a autoestima ferida, dando espaço para a depressão e os momentos em que a mulher não se reconhece mais no próprio corpo.
Claro que há alternativas, como próteses de silicone, cirurgias plásticas reconstrutivas, tatuagens específicas, etc. Porém, dentro da cabeça e do coração, o ritmo é diferente. A recuperação da autoestima é algo tão importante quanto a saúde do corpo físico, até porque está tudo interligado.
A vulnerabilidade e a insegurança podem aparecer, e não há nada errado nisso. O importante é não se deixar dominar. A primeira orientação é, claro, procurar acompanhamento psicológico. Outra sugestão é fazer parte de grupos de mulheres que passaram pela mesma doença. Lembrar que não se está sozinha nessa jornada é essencial.
Talvez esse seja o momento de descobrir novas habilidades ou de fazer aquelas coisas que você sempre teve vontade. Você é uma vencedora! E essa é uma nova chance de celebrar a vida!
E se você tem alguém na sua vida que está passando ou passou por esta doença, o fundamental é compreender o momento pelo qual ela está passando. Ofereça apoio e encorajamento.