A verdade sobre mitos alimentares
É tanta informação de todos os lados que a gente acaba se confundindo, inclusive quando se trata de comida. Algumas ideias sobre alimentação na verdade não passam de lendas e não são confirmadas pela ciência. Confira alguns dos mais comuns enganos sobre o que consumimos e sobre os efeitos em nosso corpo:
Glúten e lactose
Você já deve ter ouvido que o ser humano é o único animal que ainda consome leite depois de adulto e que isso seria prejudicial à saúde. Ora bolas, somos animais únicos a fazerem diversas outras coisas, e nem por isso elas fazem mal! O leite continua na nossa dieta por ser uma importante fonte de energia e nutrientes, com 70% do cálcio que necessitamos vindo dele e de seus derivados. O vilão aqui é a lactose, um tipo de açúcar presente no leite. Alguns organismos sofrem intolerância ou alergia, mas sintomas mais severos só acontecem em casos extremos. Doença mesmo é a celíaca, que é a alergia ao glúten, proteína presente em diversos cereais, principalmente no trigo. Aí sim, quem tem esse problema e ingere glúten tem uma reação imunológica e fica mal mesmo. Mas apenas de 1% a 2% da população tem essa doença. Então cortar lactose e glúten da dieta só significa algo pra quem tem esses problemas, ok?
Oito copos de água por dia
Um artigo norte-americano de 1945 divulgou que adultos devem ingerir 2,5 litros de água por dia e esse número, então, virou regra. O que não divulgaram foram as entrelinhas: grande parte dessa quantidade está contida nos alimentos. A gente sabe que muitos alimentos são cheios de água, como melancia (que é 90% água), tomate ou pepino (ambos 95%). Mas repare que o feijão amado do nosso dia a dia contém, em média, 65% de água, o bife, 60%, e o pão, 40%. O nosso cardápio diário já traz quase metade do líquido precioso que precisamos consumir. Mas essa história de 2,5 litros também é relativa: cada organismo tem a sua real necessidade de água para se manter funcionando e hidratado. O importante é ouvir o seu corpo – e sua sede.
Bebida alcoólica engorda
O álcool é, sim, super calórico. O álcool puro, enfim. Mas ele nunca é consumido dessa forma, até porque isso seria excepcionalmente tóxico. Dependendo da bebida alcoólica de sua escolha, a ingestão de calorias é diferente. Tudo depende de como cada bebida reage com o etanol, que é o álcool presente nelas. A melhor opção para quem quer evitar essas calorias é o vinho tinto seco, que traz apenas 100 kcal em uma taça. Uma ou duas dessas taças contêm resveratrol, uma substância que age como anticancerígeno, protege o coração e contribui para a diminuição do colesterol ruim. Só não vale exagerar, ok? O fígado agradece.